A música sempre foi uma parte intrínseca da minha identidade. Os meus pais contam que, quando eu tinha três anos, me foram deitar e depois foram para a sala descontraír ao som de um concerto de Bach na televisão. Segundo eles levantei-me e entrei na sala quase em transe; sentei-me no chão em silêncio, como que enfeitiçado pela música que saía da televisão. Só no fim do concerto é que me conseguiram voltar a deitar, porque até lá eu não deixei que ninguém me arrancasse daquele lugar mágico. Acho que foi um dos sinais mais precoces de que eu e a música estavamos indissociavelmente interligados.